Mulheres no cinema: 6 produções para prestigiar

Gosta de um cineminha? Nós também. Sabemos o quanto a tela grande, as histórias contadas por ela, o cheiro e o gostinho da pipoca, assim como as poltronas, podem trazer boas sensações - além de divertir, ensinar e, claro, inspirar. E, falando em inspiração, é muito bom quando nos vemos representadas por uma personagem na tela. Mas, melhor ainda, é quando essa inspiração sai da trama e ganha a vida real, com mulheres no cinema que dirigem, escrevem e criam produções ricas em roteiro, fotografia e figurino, indo além da atuação.

Ver mulheres no cinema ganhando premiações, como as de Melhor Direção, está deixando de ser uma raridade, ainda que lentamente. A primeira diretora a ganhar um Oscar foi Kathryn Bigelow, em 2010, pelo filme Guerra ao Terror. A segunda foi a chinesa Chloé Zhao, por Nomadland, neste ano. 

Sabemos que existem muitas mulheres talentosas, cheias de ideias, e com trabalhos incríveis a serem mostrados para o mundo. Ainda que elas não recebam os prêmios que merecem, estão vencendo pouco a pouco e, uma forma de ajudá-las, é apreciarmos suas obras. Por isso hoje, listamos 6 produções incríveis feitas por mulheres no cinema. Prepare a pipoca e inspire-se com as profissionais da nossa lista.

Sophia Coppola e O estranho que nós amamos

Uma das mulheres no cinema mais lembradas é Sophia Coppola. A diretora é responsável por produções como Maria Antonieta, Virgens Suicidas, Encontros e Desencontros e, também, O estranho que nós amamos, em que um cabo da União, ferido em combate, é encontrado em um bosque e por uma jovem e levado para a casa onde mora: um internato de mulheres.

Lá, ele é cuidado por elas e aos poucos, cada uma começa a demonstrar desejos e interesses por ele. O interessante desse filme é que ele é um remake, foi lançado pela primeira vez em 1971. Já na versão de 2017 de Sophia Coppola, temos um longa repaginado, que traz as mulheres como centro da trama. Vale assistir!

Remake traz as mulheres como o centro da trama (Imagem: Universal Pictures/reprodução)

Sharon Shattuck e Elas na ciência

Disponível na Netflix, o documentário produzido por Sharon Shattuck, retrata o crescimento da participação das mulheres na ciência e traz histórias pessoais de profissionais que sofreram assédio sexual e moral durante sua formação e seu trabalho na ciência. 

Em Elas na ciência, a bióloga Nancy Hopkins, a química Raychelle Burks e a geóloga Jane Willenbring mostram que o ambiente científico pode ser mais diverso, aberto e justo para todos e todas.

Documentário retrata a participação das mulheres na ciência (Imagem: reprodução)
 

Greta Gerwig e Lady Bird

Greta Gerwig ganhou as telas - e os corações - com Frances Ha, um filme em preto e branco de 2013 sobre uma jovem que busca seus sonhos, mesmo que o cenário não seja o melhor possível. Em 2017 a atriz conquistou mais corações com Lady Bird, deixando de atuar para dirigir. 

Sabe aquele filme gostosinho de assistir? Que é leve, mas faz pensar e ainda nos deixa com um ar nostálgico? É esse! Em Lady Bird acompanhamos a vida de Christine McPherson, que está no último ano do colégio e deseja fazer faculdade longe da cidade onde mora. As várias brigas com a mãe, o primeiro namoro, festas da escola, os amigos, os estudos e os sonhos. No filme você vai encontrar tudo isso e vai terminar com um gostinho de quero mais. 

Lady Bird é a estreia de Greta Gerwig como diretora (Imagem: Universal Pictures/ reprodução)

Wanuri Kahiu e Rafiki

Mulheres no cinema? Aqui tem! Mulheres na atuação e na direção. Rafiki, dirigido por Wanuri Kahiu, fez história em Cannes, mas foi banido no Quênia, seu país de origem.

Ele conta a história de duas garotas quenianas que se tornam grandes amigas, apesar da rivalidade entre as famílias, e buscam seus sonhos juntas - uma ajudando a outra.

Até que a amizade se transforma em amor e elas precisam lidar com os preconceitos de uma sociedade conservadora.

Rafiki conta a história de duas mulheres quenianas que encontram na amizade, o amor (Imagem: Olhar Distribuição / reprodução)

Tatiana Lohmann e Minha fortaleza, os filhos de fulano

Já parou para pensar sobre como é a realidade das famílias da periferia que são criadas sem a figura do pai? O documentário Minha Fortaleza, os filhos de fulano - dirigido por Tatiana Lohmann, cineasta engajada na cultura do Hip-Hop - é brasileiro e mostra a realidade das mães que precisam garantir e manter o sustento da família. A produção é emocionante e faz pensar.

Documentário sobre as mães que assumem as famílias no Brasil

Chloé Zhao e Nomadland

Nomadland é um dos longas que deram o que falar no Oscar de 2021. Dirigido por Chloé Zhao, ele ganhou o prêmio de Melhor Direção, Melhor Filme e Melhor Atriz.

Ele conta a história de Fern, uma mulher de 60 anos, que depois de vivenciar o colapso econômico de uma cidade na zona rural de Nevada, nos Estados Unidos, pega sua van e vive uma aventura estrada afora, saindo de uma vida convencional e encarando a realidade como uma nômade moderna. Vale assistir e refletir junto com a personagem.

Filme vencedor de 3 Oscars é dirigido por mulher (Imagem: Searchlight Pictures / reprodução)

Depois dessa lista de produções feitas por mulheres no cinema, difícil não se sentir inspirada e empoderada, não é mesmo? Lembrou de mais algum filme ou diretora que não está nessa lista? Deixe sua sugestão nos comentários!

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