Estilo de Vida | 06/10/2021
E fora do LinkedIn, como está a sua saúde mental? Durante a pandemia, assuntos relacionados à ansiedade, estresse e outros fatores, ganharam rodas de conversa dentro e fora das redes sociais. Com a mudança de rotina e a adaptação forçada a novos estilos de trabalho - como o próprio home office -, muitas pessoas passaram a desenvolver doenças psicológicas relacionadas ao trabalho e estão tentando descobrir como evitar o burnout - a síndrome do esgotamento profissional.
Uma pesquisa realizada entre 2018 e 2019 pela International Stress Management Association apontou que mais de 70% dos brasileiros sofrem alguma sequela de estresse em diferentes níveis e 32% deles apresentam sintomas de burnout.
Se esse número já era significativo antes da pandemia, imagine depois, com uma estação de trabalho improvisada, reuniões online, mensagens fora do expediente, conexão de internet instável e preocupações com a saúde, a organização da casa e a alimentação? As chances de ter um esgotamento profissional aumentam e descobrir como evitar o burnout se torna cada vez mais necessário.
Cerca de 32% dos brasileiros apresentam sintomas de burnout
Os sintomas da síndrome de burnout são variados, vão dos físicos aos psicológicos e envolvem dor de cabeça; problemas gastrointestinais; insônia; dificuldade de concentração; cansaço físico e mental em excesso; dores musculares; alteração dos batimentos cardíacos; pressão alta; alterações no apetite e sentimentos de fracasso, insegurança, incompetência, entre outros do tipo.
Esse conjunto de sintomas tende a surgir de uma forma leve e pode se intensificar ao longo dos dias. Por isso é importante ficar de olho, buscar auxílio profissional e descobrir como evitar o burnout o mais rápido possível.
Ok, percebi que sinto alguns dos sintomas. Mas será que eu realmente tenho síndrome de burnout? Para ajudar na identificação do esgotamento profissional, os psicólogos Herbert Freudenberger e Gail North listaram o que seriam os 12 estágios da síndrome.
Uma pessoa pode passar por todos os estágios - ou não -, mas essa lista pode trazer ideias sobre como evitar o burnout, além de servir como um bom indicador.
A necessidade de mostrar para todos que você sabe e faz com excelência o seu trabalho.
Trabalhar aos finais de semana sem que haja a necessidade, assim como olhar a caixa de e-mails antes ou depois do expediente é um ponto de atenção.
Nesse caso, a alimentação adequada, assim como o sono se tornam secundários e uma pessoa com burnout deixa de fazer as refeições nos horários corretos e até de dormir, para entregar os trabalhos na qualidade que ela julga ser boa. Para ela, isso é visto como um sacrifício em nome de um bem maior.
A pessoa sabe que tem algo errado com ela, mas evita ao máximo enfrentar essa situação. Nesse estágio, os primeiros sintomas físicos podem surgir.
Nesse estágio, a autoestima da pessoa que tem a síndrome de burnout é medida apenas pelos resultados no trabalho. O contato com os amigos, familiares, hobbies e momentos de lazer perdem sua importância e passam a ser vistos como secundários.
O profissional começa a ter atitudes mais agressivas e sarcásticas, pode até se tornar mais intolerante ao dia a dia de trabalho e ver os colegas como incompetentes.
Tarefas executadas de forma automática, vida social restrita ou inexistente. Nesse estágio a pessoa não consegue relaxar com facilidade e pode usar drogas ou bebidas alcoólicas para isso.
Quem tem síndrome do esgotamento profissional pode se tornar muito diferente do que era. Se a pessoa é alegre, pode se tornar apática. Se é comunicativa e tem um perfil dinâmico, pode ficar mais fechada e até ter medo de coisas do dia a dia, como reuniões. Essas mudanças de comportamento podem ser notadas com facilidade pelos colegas e familiares.
A pessoa não consegue enxergar seu valor, nem suas próprias necessidades. Ela também deixa de perceber isso em quem está ao seu redor.
As compulsões se tornam mais intensas e as pessoas podem recorrer às drogas, álcool, comida, jogos e sexo.
A vida perde o sentido e a pessoa não consegue mais projetar seu futuro, se sente só, perdida e exausta.
Praticar atividades físicas e ter hobbies ajudam a evitar o burnout
Nessa fase o esgotamento se torna totalmente visível. A pessoa sente um colapso mental e físico e pode ter pensamentos suicidas. Dessa forma, o apoio dos colegas, amigos e familiares, assim como o auxílio médico imediato, se tornam necessários.
Lembrando que esses são apenas estágios que podem ajudar uma pessoa a identificar se ela está ou não com burnout. O diagnóstico deve ser feito por profissionais da saúde e especialistas - psiquiatras e psicólogos são os mais indicados para identificar a síndrome e orientar quanto ao tratamento.
Uma das formas de prevenir a síndrome do esgotamento profissional é buscar o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. Pode até ser um clichê, mas a prática de atividades físicas, assim como alimentação saudável e boas noites de sono, são essenciais para trabalhar e viver bem.
Encontrar os amigos e a família e ter um hobbie, também podem ajudar - e muito -, principalmente no início, quando você está desconfiando dos sintomas e quer descobrir como evitar o burnout ou, ainda, como ter uma melhora rápida e significativa. Lembrando que a síndrome está ligada ao esgotamento físico e mental, por isso, cuidar tanto do corpo, quanto da mente, é importante.
Se você perceber que não está se sentindo tão motivada no trabalho, também vale uma conversa sincera com seus superiores e, claro, buscar acompanhamento psicológico.
Lembrando que tudo é uma questão de equilíbrio. Trabalhar é importante sim, mas seu corpo, sua mente e suas emoções também importam e, estar mais conectado consigo mesma, buscar autoconhecimento e entender suas próprias necessidades irá contribuir significativamente para o sucesso na profissão.
Esperamos que você tenha gostado do artigo. Agora que você já sabe como evitar o burnout, compartilhe com seus amigos e familiares. Para mais conteúdos como esse, clique no banner e inscreva-se na nossa newsletter!
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